sexta-feira, 28 de junho de 2013

Jovem Morte.

       Gabrielle era uma menina simples, sorridente e simpática. Tinha cabelos curtos e olhos castanhos, 22 anos, uma jovem normal e feliz, algumas angustias, mas alguém para compartilha-las: dentro de alguns meses se casaria. Todo os dias acordava exatamente as 7:30 da manha, tomava um café com leite e se arrumava para sair. Todos os dias ela descia os 10 andares de seu prédio para comprar um jornal e lê-lo sentada na praça, como se estivesse em um filme antigo. E naquele dia não foi diferente. Eis então que a mocinha se depara com a seguinte manchete no jornal: “Jovem de 19 anos morre com uma bala perdida em seu peito". Ao ler a reportagem, descobriu que o menino estava indo para sua faculdade no momento, que só estava fazendo tudo o que sempre fazia diariamente, soube também que o autor do crime não havia sido preso, a policia estava tentando descobrir quem era o assassino. A menina ficou pensando “Mas que injustiça! Ele estava indo estudar, indo viver sua vida, quando um maldito resolve atirar! Quando um maldito acha que está no direito de tirar a vida de alguém e sair ileso! E sair, como se nada tivesse acontecido! E se o rapaz tivesse namorada, e se estava noivo?! E as provas que ele tinha pra fazer, e o almoço de domingo em que sua avó ia cozinhar, e o aniversário da priminha que ele não vai poder ir, e as viagens que ele ia fazer, e o café que deixou de tomar, e os filhos que não vai ter, e a vida que deixou de viver?! Como a morte é injusta! Em uma hora você está bem, na outra, você está morto!".
       A mulher se levantou indignada e saiu andando, estava a caminho de sua casa, precisava se arrumar para o trabalho, quando de repente a mulher cai no chão. Tudo o que ouviu-se foi o som de um disparo e Gabrielle já havia caído. Havia um médico no local, mas nada salvou a vida da menina. E na manha seguinte sai na manchete do jornal: “Nova vítima! Jovem de 22 anos morre com bala perdida." A moça tinha razão, a morte é muito injusta.

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